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História de Design













Artesanato & Industrialização = Bauhaus

As origens teóricas e estéticas mais recentes da Bauhaus provêm de vários movimentos tais como Arts and Crafts, de William Morris e da Deutscher Werkbund, de Hermann Muthesius. Arts and Crafts é um movimento que defendia o trabalho manual e opunha-se, claramente, à industrialização. Porém alguns artistas tinham uma opinião diferente e defendiam que a máquina não era a única culpada para a criação desses objectos e tentaram estabelecer um elo entre o artesão e a indústria, revelando que as técnicas artesanais podiam ser adaptadas à produção em série.

Walter Gropius tinha a ideia de utilizar o artesanato mas não da mesma forma como Morris defendia, mas sim como uma metodologia didáctica, com o objectivo de preparar os alunos para fazerem objectos industriais com uma orientação formal e não apenas focadas no uso.

“Qual a diferença entre o artesanato e trabalho maquinal? A diferença entre a indústria e artesanato reside menos na diversidade de ferramentas de produção do que na divisão de trabalho na indústria (…)” (1) A única alternativa que tinham para que deixa-se de haver diferenças entre o artesanato e a indústria era fazer com que o trabalhador conhecesse e percebesse todas as fases do seu próprio trabalho. A metodologia de Gropius visava levar a questão formal para o campo da actividade produtiva. O trabalho artístico não teria por finalidade inventar uma forma, mas sim modificar através dessa forma o curso da vida quotidiana.

Desde a virada do século, a ascendência mais próxima da Bauhaus está na associação Deutscher Werkbund.

A Bauhaus combatia a arte pela arte e estimulava a livre criação com a finalidade de realçar a personalidade do Homem. Mais importante que formar um profissional era formar homens ligados aos fenómenos culturais e sociais mais expressivos do mundo moderno.

O ensino era suficientemente flexível. Assim o estilo que começava aparecer na Bauhaus era fruto do pensamento dos professores recrutados, sem discriminação de nacionalidade, entre os membros dos vários movimentos.

(1) GROPIUS, Walter. “Bauhaus: Novarquitetura”. São Paulo: Editora Perspectiva, Coleção Debates nº 47,6º edição, 2001. Pág. 34.